Em nome do som
Produtores fonográficos têm pela frente mercado cada dia mais profissionalizado, exigindo domínio da teoria, tecnologia e inlgês Juliana Godoy // Especial para o Diario julianagodoy.pe@dabr.com.br Ser apaixonado por música. Esse é o principal requisito para ser produtor fonográfico. A carreira, que conta com um curso no estado, é uma das que mais crescem no país, pois lida com tudo o que envolve áudio. Da música do artista até propagandas e produções de trilhas para grandes filmes. Mas não pense que é só entender de som que seu emprego está garantido. Trabalhar na área exige conhecimento profundo da técnica, de tecnologia e do inglês avançado. "O produtor fonográfico trabalha com todas as etapas da produção de áudio. Vai do planejamento, pré-produção até a masterização, finalização e distribuição do produto", explica Gustavo Almeida, coordenador do curso de produção fonográfica das Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso). Para ele, ao escolher o curso, o aluno precisa ter consciência de que gostar de música é apenas o primeiro passo."Tem que gostar, enxergar e entender a música, mas a pessoa também precisa entender muito de informática, pois ela vai lidar com equipamentos e softwares e saber muito inglês. A maioria dos programas é em inglês", alerta Almeida. Paloma Granjeiro, 31 anos, aluna do 4º período, está bem atenta às exigências. É que mesmo antes de entrar para a faculdade, Paloma já atuava como produtora fonográfica. "Tenho uma produtora e encontrei no curso uma maneira de me especializar e saber um pouco mais sobre a parte técnica", conta a estudante, formada em comunicação social. Isso porque a graduação não vê somente a parte de teorias e práticas da produção, o aluno também precisa entender bem do funcionamento dos equipamentos. "O começo é que é mais a parte teórica (teoria e harmonia musical), depois eles passam para a parte mais específica, que é a elaboração de projetos, produção e divulgação de música na internet. E tem também a parte técnica, que é eletricidade, eletrônica para áudio", avisa Gustavo Almeida. Entre as cadeiras específicas e técnicas, ficam aquelas que embasarão o trabalho do produtor fonográfico. "Tem aparte de direito autoral e a de gestão", diz Almeida. Achou estranho ter que estudar gestão? É que além de produzir e mixar, o produtor fonográfico também fica responsável pela distribuição. "Ele é quem analisa as estratégias, monta a proposta e trabalha na gestão das pessoas que estão envolvidas no processo", explica o coordenador. E foi justamente por conta dessa multiplicidade que a graduação oferece que Jonh Donovan, 22 anos, aluno do 2º período, optou pelo curso. "Cada um que entra chega com um propósito diferente. Uns querem o lado musical, outros a teoria e alguns que querem a técnica. É abrangente", conta John. Mas ele alerta que é preciso um foco durante os dois anos e meio de faculdade. "Caso contrário ele acaba se perdendo durante as aulas. É importante aproveitar a graduação até para fazer contatos. Grande parte dos alunos já trabalha no meio e a troca de experiências é sempre positiva", diz.