Animação é na tela
Em sua sexta edição, o Dia Internacional da Animação aporta no Recife com uma verdadeira maratona de curtas animados A qualidade crescente da animação brasileira ainda esbarra no problema primário de qualquer produção audiovisual que não seja respaldada por uma grande distribuidora: a dificuldade de chegar ao público. Mediante esse impasse, é bastante louvável uma iniciativa como a antenada mostra do Dia Internacional da Animação (DIA) - celebrado em todo 28 de outubro. A partir das 19h30, curtas-metragens nacionais e internacionais ganham, simultaneamente, as telas em mais de 400 cidades e, no Recife, a exibição acontece no Cinema da Fundação. Apesar da mostra oficial só acontecer às 19h30, a programação começa bem mais cedo, às 13h30, com uma seleção especial de filmes infantis. Em seguida, às 15h, é a vez da mostra especial para deficientes auditivos e, às 16h30, a exibição para deficientes visuais. A programação inclusiva dialoga com a intenção da Associação Brasileira de Cinema de Animação, organizadora do evento, em formar público crescente para esse gênero. “Neste ano o objetivo da organização do DIA é superar a meta de 500 cidades brasileiras, proporcionando ao maior número possível de espectadores o contato com o cinema de animação realizado no Brasil e no mundo”, comenta Luciana Druzina, diretora de eventos da ABCA e organizadora do Dia Internacional da Animação. Nessa edição, foram inscritos nada menos que 126 curtas-metragens em animação de vários estados brasileiros. Apesar da qualidade de vários, como aponta Luciana, somente nove foram selecionados para o programa oficial brasileiro que será exibido em todas as cidades participantes no Brasil e, também, nos países membros da Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA), alimentando a vontade de alavancar a divulgação do cinema de animação nacional no mercado estrangeiro. Entre os curtas brasileiros estão os premiados “Dossiê Rê Bordosa”, de César Cabral, e o pernambucano “O Jumento Santo e a Cidade que Acabou antes de Começar”, de William Paiva e Leo D. “Os brasileiros cresceram vendo desenhos internacionais na televisão e no cinema. Atualmente, com o crescimento da animação nacional, houve uma mudança nesse cenário, crianças e adultos estão podendo assistir desenhos produzidos no seu país, com características e temas que refletem a cultura brasileira e seu cotidiano”, analisa Luciana. Assim como no ano passado, a mostra acontece em todos os estados do País. A programação completa e detalhada pode ser conferida no site: www.diadanimacao.com.br